Vários nomes, um único propósito: sair do isolamento cultural através do livro e a leitura.
O Salão do Livro de Valença do Piauí – SaLiVa(Pi) foi o primeiro filho festivo do SaLiPi (Salão do Livro do Piauí), evento realizado anualmente desde 2003, em Teresina, capital do Piauí.
Batizado inicialmente de MiniSaLiPi (MinisSaLiPi) pelos organizadores locais, logo mudou de nome, passando a se chamar SaLiPi Regional de Valença do Piauí, por sugestão dos professores e escritores Luiz Romero Lima e Cineas das Chagas Santos que ficaram vivamente impressionados com o tamanho do evento já naquele ano de 2005. O SaLiVa(Pi) permaneceu com o nome sugerido por Cineas e Romero até 2009, quando assumiu uma nova identidade; desta vez por sugestão do professor e escritor Wellington de Jesus Soares, um dos integrantes da Fundação Quixote e entusiasta dos eventos fora do eixo da capital. De SaLiPi Regional de Valença do Piauí o evento passou a se chamar SaLiVa (Salão do Livro de Valença), a fim de caracterizar a cidade que o organiza. E assim permaneceu até 2010. Em 2011, quando deixou de ser realizado, por falta de apoio institucional e privado, já se cogitava uma nova mudança no nome do SaLiVa, devido às inúmeras sugestões vindas, sobretudo, do público – presença cativa em todas as edições do evento. Depois de quase cinco anos sem ser realizado, o evento renasceu com a Fenix, ainda com o nome de SaLiVa. Contudo, já está certo que o argumento do público será acatado e, se as condições forem favoráveis, em 2016, será sacramentado o nome de SaLiVaPi. Afinal não existe apenas uma Valença no Brasil, pelo menos duas outras há: uma na Bahia – primeiro centro administrativo e cultural do país, e outra no Rio de Janeiro – o segundo e eterno centro cultural e administrativo desde a época colonial. Por tudo isso, é imprescindível acrescentar a iniciais “Pi” já que a cidade piauiense é batizada como Valença do Piauí.
Ao longo de seis edições foi inegável o sucesso retumbante do evento. Considerado, hoje, uma das maiores feiras literárias do Piauí, o SaLiVa, agrega muito valores culturais, não se limitando apenas à exposição de livros e um circuito de palestras. O evento é multicultural e promove dezenas de atividades gratuitas para públicos de todas as faixas etárias por meio de uma programação cultural rica e eclética, que envolve escritores, ilustradores, mediadores da leitura, contadores de histórias, músicos, escultores, entre outros convidados.
A primeira edição do SaLiVa foi organizada em 2005 por estudantes universitários e alguns poucos professores que haviam criado a Associação de Diletantes da Cultura Histórica Valenciana – ADICH, e pela Fundação Quixote. A ADICH, embora tendo enfrentado grandes dificuldades se mantém viva até hoje com o proposito de promover a cultura local e piauiense com intuito de torna-las mais acessíveis não só a público do Piauí, mas de todo o Brasil e do mundo.
O objetivo dos organizadores era popularizar o livro e a leitura, através de atividades socioculturais diversas, já que cidade não dispõe de livrarias e as poucas bibliotecas – em sua maioria, restritas ao ambiente escolar, eram espaços inexplorados.
Ao longo de mais de uma década, pois já éramos para estar realizando a 12ª edição do evento, esse sonho continuou martelando as mentes daqueles que abraçaram a causa e continuaram lutando contra moinhos de ventos para tornar o futuro SaLiVaPi como a melhor alternativa cultural de uma microrregião que congrega 14 municípios e uma população de mais de 100 mil habitantes.